segunda-feira, 18 de julho de 2011

DO BINÔMIO QUE FALEI E EMPREENDEDORISMO

Acabei de ler uma matéria no jornal O Dia, Rio de Janeiro, publicado hoje acerca de educação e empreendorismo. A leitura dessa matéria veio corroborar o que escrevi anteriormente: o binômio educação e mercado de trabalho. Na matéria, o autor, André Corrêa, defende a articulação entre trabalho e formação educacional, ali, ligado ao Pré-sal e as novas oportunidades de empregos na região do Rio de Janeiro, para "alavancar o estado e o país".

Evidentemente, isto não é novidade. Sabemos que educação e trabalho devem caminhar juntos. Porém, não somente a instrução de habilidades, mas a formação de um conhecimento para o desenvolvimento do ser humano como um todo. Porque, senão, não é educação, mas sim, instrução. O que são coisas diferentes.

Mas, minha questão aqui é olhar de um outro ângulo. Considerando-se que educação e formação profissional devam estar atreladas, quando vemos que as empresas reclamam a falta de mão de obra qualificada, ou seja, há emprego, mas não para algumas pessoas, que não estão atendendo às exigências do mercado atual, fica claro que esta relação não vem ocorrendo ao longo desses anos todos: a educação não contempla essa exigência e com isso pessoas estão sendo excluídas das possibilidades de emprego. Exclusão, nesse caso, significa: a) uma educação apartada da realidade; b) uma qualidade de vida inferior ao que poderia desfrutar os cidadãos brasileiros. Logo, sérias implicações sociais.

Nesse mesmo trem vai a questão do ensino de línguas e a sociedade. Tanto quanto a necessidade de uma educação com vistas ao empreendedorismo (empresas de pequeno porte), há a necessidade de termos políticas para ensino de línguas em nossas escolas públicas - efetivas. Sua falta é também um instrumento de exclusão, principalmente se levarmos em conta o papel da língua inglesa no cenário internacional.

A ausência e a exigência constatada leva a uma conclusão: o apagão entre escola e o mundo atual. Nem formação crítica, nem emprego?! Afinal, que escola é essa? Por essas e outras, fique explicado porque algumas empresas estão abrindo seus próprios cursos (com suas ideologias).

Dizem que a natureza é sábia. Ela sempre repõe o que falta. Talvez, a sociedade seja da mesma maneira. Não é o mundo corporativo que toma à frente e rouba o lugar da escola. É a educação que está perdendo o trem da história.

Contudo, quem faz a educação?

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